Quando soube que tinha recebido o
chamado, como é natural, apressei-me para o poder abrir. Tinha três pessoas
comigo quando abri o envelope. Depois de saber que iria servir dois anos na
missão Cabo Verde entrei em choque. Era de longe o país que tinha idealizado.
Não sabia se havia de rir ou chorar.
As três pessoas presentes estavam
eufóricas mas não conseguiram transmitir-me esse entusiasmo. Pouco a pouco,
enquanto recuperava, o choque transformava-se em desânimo. Decidi ir para casa.
Foram os 30 minutos mais longos... muito passou pela minha cabeça, algumas das
quais não me orgulho.
Assim que cheguei a casa e de
sentir que não estava a agir correctamente ajoelhei-me e orei. Imediatamente o
murmuro cessou. Comecei a ter um sentimento de paz que me levou a ler a minha
benção patriarcal. Após uma leitura cuidadosa percebi o porquê de ir para Cabo
Verde. Compreendi que necessitava dessa experiência para a minha vida futura, no
entanto, continuava desanimado.
Felizmente esse sentimento
rapidamente mudou com a ajuda e palavras carinhosas de familiares e amigos.
Tenho sido muito abençoado nestes últimos meses.
Recentemente tive a oportunidade
de realizar a minha investidura juntamente com a minha mãe e irmã.Quando entrei
na sala Celestial o que senti é algo que nunca poderei negar e sempre levarei
no meu coração. Ao darmos as mãos pude não só sentir o amor que uma mãe tem
pelos seus filhos, mas especialmente o amor que o Pai Celestial tem por cada um
de nós, ao nos dar a oportunidade de sabermos por nós mesmos que as famílias
podem ser eternas.
Eu sei que Deus vive, que nos ama
e quer acima de tudo que os seus filhos sejam felizes. Sei que o livro de
mórmon é verdadeiro e traz respostas às nossas dúvidas.
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